Febre  

A febre é uma das queixas mais comuns nos atendimentos pediátricos, 20% a 30% das consultas nos consultórios a referem como queixa única preponderante, aumentando para 65% das consultas nos serviços de emergência, chegando à 75% nos atendimentos telefônicos e WhatsApp dos pediatras.

 

Embora na maioria das vezes seja a primeira manifestação de infecções virais agudas, a presença da febre é temida, pois também pode se apresentar como sinal inicial de doenças graves.

Nessa hora o racional e o inconsciente se misturam, a ponto de se cunhar um termo específico para expressar está forte sensação de ansiedade acompanhada de intensa insegurança: febrefobia

 

QUANDO SEI QUE MEU FILHO ESTÁ COM FEBRE?

 

 

Acima de 37,8º podemos considerar uma criança febril, o que não quer dizer que temos que medicar. Nesse caso, desagasalhe seu filho, hidrate oferecendo água, soro oral e líquidos a vontade, medir novamente a temperatura após 30 minutos, milagre! A maioria desaparece sem medicação, somente com hidratação, assim como o motor do seu carro esfria quando colocamos água no radiador.

A nova pediatra recomenda que se use antitérmicos, não baseado em números, por exemplo, chegou nos 38º tem que dar, mas termos como referência o estado geral da criança, se chega aos 38,5º, e ela está brincando e animada, deixe. Mas se está com 37,8º e caidinha, desanimada, use.

 

E O RISCO DE CONVULSÃO FEBRIL?

A convulsão febril costuma acontecer entre os 6 meses e os 6 anos de idade, é benigna, não deixa sequelas e não precisa de medicamentos preventivos. Pode acontecer com 37,5 ou 39º, não é o número, mas a predisposição. É mais comum se houver familiares que já tiveram o mesmo quadro quando crianças.

E SE A FEBRE VOLTA ANTES DO HORÁRIO DO ANTITÉRMICO?

Antitérmico deve ser administrado quando necessário, e nunca, repito, nunca, intercale antitérmico, se começou com um, continue com ele, se a febre voltar antes das 4 horas (horário da nova dose), hidrate e refresque a criança (pouca roupa), vai resolver!